Uma das características muito curiosas quando alguém começa a fotografar, principalmente casamentos, é achar que as “versáteis” lentes zoom são as grandes vedetes e talvez a ferramenta mais útil para as belas fotos de casamento. O amigo fotógrafo fica apaixonado por lentes 18-200 com mágicos “onze vezes de zoom”. Quando a pessoa se depara com aberturas máximas de lente em f/5.6, ótica sofrível e a pouca quantidade de luz que existe nos ambientes internos das igrejas a pessoa percebe a necessidade impar de luz para poder produzir imagens corretamente expostas e aí, sem solução ela usa o terrível e assustador FLASH!
É neste momento que você descobre que precisa de lentes com aberturas maiores e aí resolve partir para as tradicionais e CARAS lentes f/2.8. A versátil 24-70 2.8 Nikkor chega a custar 1.700 dólares lá nos EUA. Na confiança que uma lente como essas vai resolver todos os seus problemas e que aquelas fotos lindas e únicas que você vê no site daquele fotógrafo TOP você entra de cabeça. E você começa a perceber que algo está faltando… Aqueles desfoques maravilhosos que você vê nas fotografias dos amigos americanos você não consegue produzir de jeito nenhum.
Vou confessar: Um dos meus maiores incomodos era pensar em fotografar casamento com lentes fixas. Pensava: Puxa, como vou enquadrar essa foto? Vou ter que fazer “crop” para poder fazer o enquadramento. Era um preconceituoso fotógrafo amarrado às lentes zoom. Foi aí que abri a mente depois de um Workshop do fotógrafo Vinicius Matos….
Hoje não consigo me imaginar sem as lentes fixas com aberturas f/1.4. São as minhas verdadeiras paixões. Uma das características óticas das lentes fixas de grande abertura (f/1.2, f/1.4, f/1.8 e f/2.0) e a limitadíssima profundidade de campo (aquele espaço onde a imagem fica nítida e com foto perfeito) e para fazer fotografias com lentes com aberturas tão grandes você necessita ser muito preciso para não errar o foco. A diferença são imagens que aproveitam, e muito, a iluminação ambiente e tornam suas fotos, sem dúvida nenhuma, muito mais bonitas e agradáveis.
FERNANDO PAES - FOTÓGRAFO